domingo, 29 de março de 2015

Ludwig van Beethoven (1770-1827)



Ludwig van Beethoven (1770-1827) foi um compositor e um pianista alemão, que é sem dúvida a figura marcante na história da música ocidental.

Ludwig Van Beethoven nasceu em dezembro de 1770, mas ninguém sabe completamente  em que data. Ele foi batizado no dia 17.
A peça mais antiga gravada que Beethoven compôs é um conjunto de nove variações para piano, composta em 1782.
Beethoven mudou-se para Viena em 1792, onde conheceu influentes compositores como Haydn e começou a compor a sério.
Já em 1796, ele começou a sofrer de tinnitus e estava perdendo a audição.
Beethoven compôs sua Sonata para piano n.º 14 (Moonlight) em 1802.
A Terceira Sinfonia, conhecida como a "Eroica", foi concluída em 1804. Ela passou a redefinir a sinfonia como um gênero.
O motivo para abrir a Quinta Sinfonia de 1808 é um dos mais famosos trechos musicais da história.
O "período médio" da carreira de Beethoven, também o vi compor obras para piano como as sonatas Waldstein e Apassionata, bem como a sua única ópera, Fidelio, que passou por inúmeras regravações e revisões.
Nona Sinfonia de Beethoven, o "Coral" de 1824, é outra obra sua que ficou infinitamente popular. Foi a primeira vez que um compositor tinha usado vozes corais em uma grande sinfonia.
Problemas de saúde fez aumentar a surdez e causou uma queda na produtividade, no final da vida de Beethoven, mas ele ainda conseguiu produzir obras importantes, como a sua "Quartetos Late 'em 1825, que foram incrivelmente criativas para a época.
Beethoven morreu em Viena sobre o 26 de março, 1827 após uma longa doença que foi por diversas vezes atribuída ao álcool, hepatite, cirrose e pneumonia.

Você sabia?

Beethoven compôs apenas uma ópera, Fidelio, que levou anos para chegar à direita. Ele re-escreveu uma ária nada menos que 18 vezes e veio com quatro aberturas diferentes antes de decidir sobre o que ele gostava.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Sabe o que um concerto de violino de Mozart faz ao seu cérebro?


Vou deixar aqui esta postagem que recebi e achei muito interessante...

Estudo conclui que a música clássica ativa genes associados à aprendizagem e à memória


Ouvir música clássica com frequência faz ativar os genes ligados a diversas funções cerebrais e ajuda a prevenir doenças neuro degenerativas. Esta é a conclusão de um estudo de cientistas da Universidade de Helsinque, na Finlândia. 

Os investigadores já sabiam que ouvir música provocava diversas alterações neurais e fisiológicas, mas este novo estudo tinha como principal objetivo detetar as possíveis mudanças de um género de música específico, a música clássica. Para tal, examinaram amostras de sangue de 48 pessoas, antes e depois de escutarem o concerto de Violino número 3, de Mozart e concluíram que este tipo de música aumenta não só a atividade dos genes envolvidos na secreção de dopamina (ligada aos mecanismos de recompensa do cérebro) e na neuro transmissão sináptica (sinapses são os pontos de contacto entre os neurônios), como também os genes associados à aprendizagem e à memória. 
«Os efeitos genéticos foram identificados apenas nos participantes que são fãs de música ou músicos profissionais», lê-se no relatório do estudo.

O estudo, dirigido pelo professor Chakravarthi Kandiuri, explica ainda que os genes responsáveis pela degeneração do cérebro e do sistema imunológico tornam-se menos ativos e consequentemente reduzem o risco de desenvolver doenças neuro degenerativas, como o Parkinson ou a demência senil. 

Um outro dado curioso verificado pelos cientistas é o facto de que os genes analisados - e que se ativam pelo ato de ouvir música - estão também presentes nos pássaros e são responsáveis pela capacidade dessas aves aprenderem a cantar. Assim sendo, os cientistas acreditam num «cenário evolutivo comum na perceção dos sons entre os pássaros cantores e os seres humanos». 

sexta-feira, 20 de março de 2015

Conversando Com mais Três




Dentro da Música de Câmara, uma das formações mais tradicionais é, sem sombra de dúvidas, o Quarteto de Cordas. Um quarteto de cordas é formado por dois violinos, uma viola e um violoncelo e dessa forma, essa formação engloba uma gama de timbres e tessituras. Por conta da idade (esses instrumentos existem desde o século XVI) e da versatilidade dos instrumentos de cordas, essa formação é frenquentemente utilizada pelos mais diversos compositores ao comporem obras para pequenos grupos.
Alguns dos mais ilustres compositores da história da música também possuem uma ampla obra para quarteto de cordas, como Mozart, Beethoven, Brahms, Bartók, Shostakovitch e Villa-Lobos. Durante o Romantismo (século XIX) o protagonismo da Orquestra Sinfônica e do Piano pode ter sido um motivo para uma menor exploração dos recursos e potenciais do quarteto de cordas (a maioria dos compositores românticos compôs pouco para esse grupo camerístico), mas no século XX, a filosofia de redescobertas e experimentação do período trouxe à tona novamente os potenciais de um quarteto de cordas.
Assim como estamos bem servidos de obras para quarteto, consequentemente grandes intérpretes dessas composições estão e estiverem presentes no mundo da música, como os quartetos Alban Berg, Borodin e o Amadeus.
De todas as obras para este grupo, as que possuem hístoria e qualidade mais interessantes são, com toda a certeza, os Últimos Quartetos de Beethoven, que são cinco quartetos impressionantemente revolucionários e geniais. Esses quartetos surpreendem principalmente pela ousadia composicional, tanto nas melodias quanto nas formas e harmonias. Dentre os cinco, destaca-se o Opus 130, cujo último movimento foi posteriormente separado do resto da obra pelo próprio Beethoven, tamanha a complexidade e grandiosidade do mesmo.
Esse último movimento passou a se chamar A Grande Fuga em Si bemol Maior, Opus 133 e foi efusivamente menosprezado e criticado pelos estudiosos da época, que diziam que Beethoven (que já estava surdo), por não conseguir ouvir o que escrevia, não percebia o quão “errado” era o que compunha. Mas o fato é que a surdez  de Beethoven não atrapalhou em nada suas habilidades composicionais, apenas fez com que ele não pudesse ouvir os críticos que não o compreendiam, assim podendo compor aquilo que quisesse, e quem sabe aquilo que sempre sonhou, sem se preocupar com aqueles que ainda não eram capazes de compreender sua música.
E é com essa obra ímpar na hístoria da música que fechamos esse post: a Grande Fuga em Si Maior, executada pelo magnífico quarteto Alban Berg:



Repost: http://musicaempauta.com/

quinta-feira, 19 de março de 2015

Dica Para Tocar com mais confiança


PARA TOCAR COM MAIS CONFIANCA
por Dr. Noa Kageyama, publicado originalmente no blog do site The Bulletproof Musician
HOW TO BECOME A MORE CONFIDENT PERFORMER


Fonte: Google, Itzhak Perlman


Quão confiante você é como intérprete? Você entra em audições ou performances certo que vai tocar o seu melhor - e toca assim desde a primeira nota? Ou você se engalfinha com dúvida e ansiedade (talvez até dias ou semanas antes), e tende a começar sua performance com hesitação?
 
Se você for como a maioria dos músicos, você provavelmente se encaixa na segunda categoria com mais frequência do que gostaria. E além de uma sensação desagradável, essa também é uma má estratégia para o sucesso no palco.
 
EQUÍVOCOS SOBRE A CONFIANÇA
 
A boa notícia é que confiança é algo que você pode mudar - e na verdade você tem uma boa dose de controle sobre o seu nível de auto-confiança. Isto pode ser uma surpresa para você, pois muitos acreditam que a confiança é em grande parte um traço de personalidade, que você tem ou não tem. Outros pensam que só o sucesso ou o feedback positivo pode construir confiança, e que você não pode errar ou experimentar um "fracasso" se você quiser se tornar mais confiante. Pessoalmente falando, eu costumava achar que qualquer falta de confiança que eu tivesse era simplesmente a necessidade de estudar mais.
 
Bem, acontece que todos estes pensamentos são apenas equívocos. Muitos músicos sofrem bastante com auto-dúvidas e inseguranças, apesar do grande sucesso. Também conheço músicos que não eram os mais talentosos, mas que ultrapassaram todas as expectativas porque sua confiança em si mesmo nunca vacilou. E com relação a “apenas estudar mais”, a maioria de nós já sabe que isso por si só não significa necessariamente o aumento da nossa confiança.
 
E aí você pergunta: O que fazer para se tornar mais confiante?
 
SEGREDOS PARA SE TORNAR UM PERFORMER CONFIANTE
 
Uma das chaves para se tornar um músico mais confiante é dominar seu diálogo interno.
 
Diálogo interno (ou Self-talk) é o termo usado pelos psicólogos para descrever justamente o diálogo que se tem consigo mesmo durante todo o dia. Você deve saber, aquela voz que xinga de desastrada quando batemos o dedinho do pé na quina da cama, ou de idiota distraído quando voltamos do mercado e percebemos que esquecemos a única coisa que fomos lá buscar. Algumas pessoas falam em voz alta ou murmuram para si mesmas, outras mantêm tudo dentro de si, mas todos nós temos essa voz dentro da cabeça, que geralmente é muito difícil de desligar.
 
Bem ou mal, tendemos a nos dar ouvidos e acreditar nas coisas que nos dizemos. Se você disser a si mesmo que é um fracasso e uma mula sem talento, e o fizer repetidamente, você vai começar a acreditar que é realmente um fracasso. Logo você começará a se sentir um fracasso, e, finalmente, a agir de maneira que irá confirmar esta percepção de si mesmo, "provar" que é realmente um fracasso.
 
 
XIU... SEU SUBCONSCIENTE ESTÁ OUVINDO...
 
Tenha em mente que o seu subconsciente está ouvindo tudo o que você diz a si mesmo, e que ele não tem filtro. Vai acreditar em cada palavra, e ao longo do tempo, aceitar incondicionalmente as mensagens mais frequentes como realidade – sendo isso verdade ou não. Não importa se você está só brincando, ou se não acredita verdadeiramente nas coisas que diz para si mesmo. O seu subconsciente não tem senso de humor, e é completamente literal. E bem ou mal, a sua auto-confiança (ou falta dela) reside no que o seu subconsciente acredita.
 
 
Nós todos já nos frustramos com computadores uma vez ou outra, porque eles são tão literais. Eles não se importam com que queríamos que ele tivesse feito, apenas com o que lhe dissemos para fazer.
 
O seu computador interno não sabe ou não se importa com o que você realmente quer dizer com "Eu nunca vou ser capaz de tocar bem essa peça.". Ele não sabe se você realmente não tem a capacidade de tocar esta peça, se só precisa trabalhar mais, ou talvez apenas deixar a peça um tempo em banho-maria. Seu subconsciente só ingere a frase, e com o tempo, você passa a acreditar que nunca vai ter a capacidade de tocar essa peça. Você terá uma tendência a agir de acordo esta convicção, talvez estudando sem entusiasmo, pensando com menos criatividade, e desistindo mais fácil ao se sentir empacado. Eventualmente, você vai descobrir que, exatamente como previu, você tem problemas com esta peça. Isso é chamado de profecia auto-realizável, e nos sabotamos (até mesmo em nossas vidas fora da música) criando novas profecias auto-restritivas o tempo todo.
 
Se você quer se sentir, agir e ser mais confiante, você deve primeiro tomar o controle da sua mente e começar a pensar como uma pessoa confiante.
 
Como se aprende a pensar como uma pessoa confiante? A maioria de nós não está verdadeiramente ciente do que dizemos a nós mesmos, especialmente durante o estudo ou execução. O primeiro passo é identificar e anotar esses pensamentos.
 
IDENTIFICAR DIÁLOGO INTERNO
 
A vasta maioria dos pensamentos que a mente gera quando estamos sob pressão são inúteis. Eles são muitas vezes irrelevantes ("Hmm... O que vou comer no jantar?"), excessivamente analíticos ("Mantenha o polegar estendido, dedos leves, traz o cotovelo, ombro para baixo...") ou auto-destrutivos ("Ô-ôu, aí vem aquele pedaço que eu errei nos ensaios ").
 
Tenha em mente que seu cérebro tem uma capacidade fixa de atenção, o que significa que você só consegue prestar atenção a um tanto de coisas ao mesmo tempo. Por exemplo, tente convencer o seu parceiro que você realmente está ouvindo o que ele/ela está falando, mesmo que você esteja com os seus olhos grudados na TV. Acha que ele/ela vai acreditar? Sem chance, certo?
 
Então, se o seu cérebro processa apenas uma certa quantidade de dados de uma vez, você pode optar por preenchê-lo com coisas úteis ou coisas nocivas. É como fazer o orçamento de uma quantidade limitada de dinheiro - por que desperdiçar dinheiro em coisas que não precisa ou não quer, se você só tem uma quantidade limitada?
 
Da mesma forma, você pode usar a sua limitada “moeda de atenção” em pensamentos que ajudam na construção de confiança e sucesso, ou em pensamentos que destroem a confiança e levam ao fracasso. Não há nenhum pensamento neutro, assim como não há nenhuma compra neutra com o seu dinheiro. Ou você compra algo que você realmente quer, ou algo que limpa sua conta bancária e te deixa ainda mais longe de comprar o que você quer.
 
Como evitar essa auto-destruição da mente? O primeiro passo para reprogramar sua mente é identificar o que está sendo programado atualmente.
 
DIÁRIO DO DIÁLOGO INTERNO
 
Uma das maneiras mais eficazes de identificação de seus pensamentos é criar um diário de diálogo interno.
 
Passo 1: Das peças que você está estudando, escolha uma que seja um bom desafio.
 
Passo 2: Prepare um gravador e comece a gravar.
 
Passo 3: Toque por cerca de 5 minutos, mas toda vez que você tiver um pensamento, faça uma pausa e diga em voz alta (exatamente o que pensou) para que você possa gravá-lo.
 
Passo 4: Quando terminar pegue um caderno e desenhe uma linha vertical no meio da página, e transcreva todos os pensamentos que você gravou no lado esquerdo da linha.
 
Agora, dê uma olhada em todos os pensamentos que você anotou. Conte-os. Quantos pensamentos sua mente gerou nos cinco minutos? Poucos? Muitos?
 
Quantos deles foram críticos, desencorajadores, irrelevantes, distrações, e o tipo de observação que você nunca faria a um amigo? Você se insultou ou fez ataques pessoais ("Você é uma besta!")? Conseguiu manter sua mente fincada no presente, ou seus pensamentos se demoraram nos erros ou mesmo reviram incidentes passados com o mesmo erro ("Por que eu sempre desafino essa nota?")? Seus pensamentos se voltaram para o futuro (por exemplo, "Meu Deus, lá vou eu de novo; eu nunca vou ser capaz de tocar esta parte.")?
 
Por outro lado, quantos de seus pensamentos foram relevantes, de apoio e úteis para o seu desempenho? Pensamentos de reforço, ou lembretes da sensação e do som que têm a técnica correta e os resultados desejados - como "mudanças de arco fluidas", "manter o fluxo de ar", "ooh, bom glissando, incrível!", ou "sustente", "sussurro", etc? Foram poucos desse tipo, e distantes entre si?
 
ALTERANDO SEU DIÁLOGO INTERNO
 
Agora é hora de começar a mudar seus padrões de pensamento e torná-los mais propícios para construir confiança e sucesso em suas apresentações no futuro.
 
Dê uma olhada em todos os pensamentos autodestrutivos que anotou. Você verá que esses pensamentos tendem a se basear no passado ou futuro – e você não tem controle sobre nenhum deles no momento. – Pensamentos do tipo “fracasso” também são improdutivos porque não te ajudam de nenhum jeito. Tudo o que fazem é te fazer sentir pior sobre si mesmo.
 
Um a um, comece a reescrever os pensamentos negativos de uma forma mais construtiva, de apoio ou de melhora na coluna da direita. Aqui estão alguns exemplos.
 
 
 
 
Pensamento
Tipo-Fracasso
&%#$@!!! Porque eu sempre corro nesse pedaço e erro ele inteiro? Eu estrago tudo!
 
Não adianta nada estudar. Fulano De Tal é bem mais talentoso que eu.

Pensamento
Tipo-Sucesso
 
Tem muitas pessoas de sucesso que tiveram que trabalhar duro pra chegar onde estão. Eu posso ser uma delas se eu estudar do jeito certo.
No fim das contas, não se diria que o sucesso é 99% transpiração e 1% inspiração se não houvesse nenhuma verdade nisso.
 
Ei, calma. Mesmo os melhores cometem erros. Se foque de novo e vá em frente.
Mais tarde você terá bastante tempo pra entender o que aconteceu.
 
 
 
O diálogo na coluna direita parece piegas ou falso para você? Talvez seja, mas a ideia é chegar a pensamentos que te ajudem a se sentir mais positivo, e, finalmente, manter o movimento em direção ao sucesso. Da próxima vez que você se ouvir entrando num pensamento tipo-
fracasso, salte sobre ele imediatamente e "reescreva-o" com pensamentos mais animadores.
 
Por que isso é tão importante?
 
É assim que as pessoas interessadas em ser seu melhor possível pensam. É assim que os vencedores pensam.
 
A psicóloga social Barbara Frederickson escreveu um livro sobre sua pesquisa, que sugere que as pessoas que experimentam emoções positivas em uma proporção de 3 para 1 em relação às negativas, eventualmente chegam a um ponto de virada "para além do qual eles se tornam naturalmente mais resistentes à adversidade e alcançam sem esforço o que antes só podiam imaginar."
 
 
Faça-se mais consciente de seu diálogo interno, aprenda a pensar mais como se fosse o seu melhor amigo, e você com certeza vai se sentir - e tocar - com mais confiança.
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